Vias de Comércio Local
As transversais leste-oeste são defasadas, evitando a criação
de vias diretas da L-2 até
a W-3 Sul — o que resultaria
em trânsito intenso no interior das áreas residenciais.
Assim, as CLS 400 (par
+ 1) alinham-se com as CLS
300 (par + 1) — mas para ir de uma a outra é necessário
ziguezaguear pelas CLS 100 e 200
(ímpar + 1), que oferecem passagem por baixo do Eixo
Rodoviário; e pelas vias L-1
e W-1 Sul. Estas duas, por sua
vez, também são interrompidas.
A mensagem é: — "Mantenha-se nas vias secundárias
(Eixos laterais, L-2,
W-3, 60 km/h), enveredando
pelas vias locais (CLN, L-1,
W-1, 40 km/h) apenas nas proximidades
do destino".
-
As vias de acesso (20 km/h, dentro das quadras)
não dão passagem para nenhum outro lugar.
-
A via principal (80 km/h: pista central do Eixo)
é ideal para entrar e sair da cidade, ou ir de uma Asa à
outra.
Referência
16 – Quanto ao problema residencial, ocorreu
a solução de criar-se uma seqüência contínua
de grandes quadras dispostas, em ordem dupla ou singela, de ambos
os lados da faixa rodoviária, e emolduradas por uma larga
cinta densamente arborizada, árvores de porte, prevalecendo
em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão
gramado e uma cortina suplementar intermitente de arbustos e folhagens,
a fim de resguardar melhor, qualquer que seja a posição
do observador, o conteúdo das quadras, visto sempre num
segundo plano e como que amortecido na paisagem (fig.
13). Disposição que apresenta a dupla vantagem
de garantir a ordenação urbanística mesmo
quando varie a densidade, categoria, padrão ou qualidade
arquitetônica dos edifícios, e de oferecer aos moradores
extensas faixas sombreadas para passeio e lazer, independentemente
das áreas livres previstas no interior das próprias
quadras (fig.
8).
Lúcio
Costa, Relatório
do Plano Piloto de Brasília
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