Flavio R. Cavalcanti - Nov. 2013O projeto de ligação ferroviária da EFDPII / EFCB de Pirapora (MG) até o local da nova capital do Brasil, a ser construída no Planalto Central (GO), foi desenvolvido pelo engenheiro Paulo de Frontin, inicialmente na direção da Inspetoria Federal de Estradas de Ferro ()*; e, mais tarde, ao exercer pela segunda vez a direção da própria EFCB (). Na Memória histórica [1908 etc.], vemos uma planta de 1907 com o traçado minucioso da ferrovia, a estação de Pirapora, o ramal do porto e o acesso à ponte que ainda seria construída* sobre o rio São Francisco, bem como o afloramento da muralha de pedra cortada pelo leito do rio [Memória histórica da Estrada de Ferro Central do Brasil - 1908 p. 789]. (*) Há várias indicações de que os engenheiros e a direção da ferrovia ainda hesitariam entre este e outro(s) traçado(s), ora prevendo uma ponte acima ou abaixo da cachoeira, e ora com o dobro ou com a metade da extensão. As indicações já localizadas [ainda sem um levantamento mais completo, Nov. 2013] apontam dois assuntos em discussão, na época, formando um conjunto só:
É certo que esse vasto plano da borracha se discutisse no Congresso. No entanto, a referência encontrada até agora situa, apenas, que o projeto da EFCB — estender seus trilhos de Pirapora até Formosa (GO) e Belém (PA), com vários ramais laterais — foi discutido e aprovado pelo Congresso Nacional. Em 1911 discutiu-se no Congresso um grande projeto ferroviário, pois nessa época era o Poder Legislativo quem elaborava os programas de expansão dos transportes no País, através de autorização ao Executivo e alocação de recursos financeiros que eram introduzidos nos Orçamentos Gerais da União, ou apresentados sob forma de Lei específica. Esse projeto de Lei tinha sido sugerido pelo engº Paulo de Frontin, que exercia na ocasião as funções de Diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, mas já havia mandado estudar o assunto desde 1907, quando ocupava o cargo de Inspetor Federal de Estradas de Ferro. Tratava-se do prolongamento dos trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil, que já se encontravam em Pirapora, até a capital do estado do Pará. O projeto foi convertido em Lei e sancionado a 7 de setembro de 1911. O empreendimento em foco, que atraiu as atenções jornalísticas e empresariais da época, era para ser executado em 4 etapas. A primeira seria de Pirapora a Formosa, esta situada na área onde deveria ser construída a Nova Capital do Brasil, nos termos da Constituição de 1891. A segunda, de Formosa a Palma [Paranã]. A terceira, de Palma a Carolina, e a última desta cidade a Belém [150 anos de transportes no Brasil. Francisco Ferreira Neto. Ministério dos Transportes, 1974]. NW.: O almirante Ferreira Netto, autor da monografia premiada em concurso e publicada pelo Ministério dos Transportes, talvez se engane ao afirmar que em 1907 os trilhos da EFCB já estavam em Pirapora. Levantamento do DNEF indica que o trecho Lassance - Pirapora foi aberto ao tráfego em 28 Mai. 1910.
«» (…)’ ª Prolongamento da Central do Brasil
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