Flavio R. Cavalcanti -
Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid Edição fac similar (exceto prefácio de Celso Amorim e apresentação de Cláudio Lembo). Originalmente, em 5 Partes. A 2ª e esta 3ª edições limitam-se à Parte 1, em 2 Tomos (ver Nota dos Editores). Introdução (Autor, 1ª ed.)O honroso encargo que o Instituto Rio Branco nos confiou, de organizar e redigir esta obra, não foi ato gratuito. (…)
Desde que em 1944 começamos a lecionar no Itamarati, sucessivamente, “História da Cartografia no Brasil” e “História da formação territorial do Brasil”, embaraçados com a carência de documentação impressa sobre as origens do Tratado de Madri, cuidamos logo de fazer buscar e copiar, por nossa conta, a numerosa correspondência sobre as negociações do Tratado, que se encontrava dispersa em arquivos de Lisboa. Durante dois anos que tanto demorou o envio de cópias, fomos pouco a pouco penetrando, deslumbrados, nessa mina riquíssima. (…) O fato, como é natural, não ficou alheio a quem de direito. Foi depois disto que, em reunião conjunta dos senhores embaixadores Hildebrando Accioly, então secretário geral do Ministério, Lafayette de Carvalho e Silva, diretor que ia entrar, e o ministro Hélio Lobo, diretor cessante do Instituto Rio Branco, nos foi confiada a tarefa de organizar e dirigir uma obra sobre “Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madri” (…). Alguns meses depois, e a meu pedido, organizava-se a equipe de colaboradores, com o auxílio dos quais em pouco mais de três anos, esta obra foi levada a termo. Já então entrara na direção do Instituto Rio Branco o senhor embaixador Lafayette de Carvalho e Silva. E o que até hoje se realizou deve-se, antes de mais nada, ao seu amparo vigilante, elevada compreensão e solicitude, pronta sempre a estudar e atender as exigências do trabalho. Apoio e gentileza encontramos também no senhor ministro Raul Bopp, ex-chefe da secretaria do Instituto Rio Branco; e hoje encontramos igualmente no conselheiro, senhora dona Beata Vettori, que, desde novembro de 1951, o substituiu naquele cargo.
Sabemos e é nosso dever lembrá-lo, com a devida homenagem, que sua excelência, o senhor Presidente da República, doutor Getúlio Vargas, interessado pela publicação desta obra, fez recomendar à Imprensa Nacional a sua pronta composição e impressão ao que o ilustre diretor daquele estabelecimento, dr. Alberto de Brito Pereira, se prestou com declarado e vivo empenho. [Seguem-se as pessoas que “colaboraram”, muitas delas do Itamarati e Instituto Rio Branco, inclusive tradutor; e de Portugal (pesquisas)]. A obra, que este volume inicia, foi, nem podia deixar de ser, obra de “equipe”. (…) das tarefas de investigação e organização dos volumes de documentos, obra em que igualmente cooperou, com zelo, no início do trabalho, a senhorita Astreia Dutra dos Santos, pesquisadora de história do Instituto Rio Branco. Na leitura e transcrição das fotocópias de textos. muitas vezes em línguas estrangeiras, prestou serviço dedicado a senhorita Maria Vilhena de Araújo [p. 5-6]. Em seu conjunto, esta obra divide-se em cinco partes distribuída por nove volumes. A primeira, redigida por nós, serve de introdução e interpretação à coleção de documentos. Esta, por sua vez, constará da segunda parte, dividida em dois volumes “Obras Várias” de Alexandre de Gusmão, em sua maior parte inéditas, e “Documentos biográficos” inéditos na quase totalidade; de uma terceira parte sobre os “Antecedentes do Tratado”; e de mais duas sobre as “Negociações” e a “Execução” respectiva. O último destes volumes será acompanhado dum “Apêndice”, em que se incluem alguns dos mais importantes documentos, encontrados já depois de organizados ou impressos os primeiros volumes. A documentação sobre as negociações do Tratado, também na quase totalidade inédita, formará, só por si, dois grossos volumes [p. 9].
Nota dos EditoresA obra Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid de autoria de Jaime Cortesão, foi editada pelo Ministério das Relações Exteriores - Instituto Rio Branco, em 1956, em cinco partes. A parte I, em dois tomos, enfoca a vida e a obra de Alexandre de Gusmão e, em particular, os antecedentes e a negociação do Tratado de Madrid. As partes II, III, IV e V são dedicadas à coleção de documentos relativos aos antecedentes, negociações e execução do Tratado de Madrid. O Senado Federal reeditou, em 2001, a parte I da obra Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid, de Jaime Cortesão. A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Inesp) reeditam, em 2006, nova edição da parte I, com prefácio do Embaixador Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores, e apresentação do professor Cláudio Lembo, Governador do Estado de São Paulo. No Tomo I, da página 13 à página 473 reproduzimos a edição original fac-similada. No Tomo II, da página 13 à página 495 reproduzimos a edição original fac-similada.
Alguns dados do Autor (da 2ª orelha)Jaime Zuzarte Cortesão nasceu em Ançã, concelho de Cantanhede, em 29 de Abril de 1884. Estudou em Coimbra, Porto e Lisboa, formando-se em medicina. Publicou na mocidade alguns livros de poesia, no período em que era professor na cidade do Porto, como A morte da águia (1909) e Glória humilde (1914), mas foi como historiador que ganhou nomeada. Dentre os primeiros trabalhos históricos caberia lembrar O infante de Sagres (1916) e Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil (1922). Após uma passagem pelo Parlamento e a direção da Biblioteca Nacional de Lisboa, deixou Portugal, por motivos políticos, em 1927. Viveu alguns anos na Espanha, França e Inglaterra, dedicado à pesquisa nos arquivos de Sevilha, Simancas, Paris e Londres. Veio para o Brasil em 1940, aqui desempenhando intensa atividade acadêmica e cultural. Foi professor do Instituto Rio Branco; seus alunos guardam ainda a lembrança do seu físico imponente, de seu cavanhaque ruivo e do brilhantismo de suas aulas. Sua cooperação com o Itamaraty levou à publicação de várias obras: Cabral e as origens do Brasil (MRE, 1944), Curso de história da cartografia política do Brasil (Instituto Rio Branco, 1945), Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (Instituto Rio Branco, 1953-1963) e a História do Brasil nos velhos mapas (Instituto Rio Branco, 1965-1971). Cortesão faleceu em Lisboa em 14 de Agosto de 1960, deixando um nome indelevelmente ligado à historiografia luso-brasileira. «» ª Livros sobre Brasília
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Tomo II ParteAlexandre de Gusmão e a sua época - A Europa sob o signo de Utrecht - O problema das longitudes e o meridiano de Tordesilhas - O Rei e o reinado do ouro - Organização social e estilo de vida - Castiços e estrangeirados - O grupo social dos luso-brasileiros II ParteA formação cultural de Alexandre de Gusmão e os antecedentes remotos do Tratado de Madri - A família e a escola - Duas adolescências: a de Alexandre de Gusmão e a do Brasil - Em Lisboa e Coimbra - Iniciação diplomática: o problema da Colônia de Sacramento - Estudante e agente de D. João V em Paris - De Lisboa a Roma com passagem por Paris e Turim - [Delisle - 1720] - Exílio dourado em Roma III ParteO Secretário de El Rei a serviço do Brasil - Renascimento das ciências geográfica e cartográfica em Portugal - [Delisle - 1720-1722] - A cultura de longitude e a formação dum novo tipo social - Estreia do estadista: o sistema de capitação - O Secretário faz os despachos para o Brasileira - Andaimes de ouro em terra movediça Ao final do Tomo I: Índice Onomástico Índice Ideográfico
Índice das Gravuras Índice geral Nota dos Editores Ficha catalográfica
Tomo III ParteOs antecedentes próximos do Tratado de Madri - A missão dos padres matemáticos - O território da Colônia, berço do Uruguai e do Rio Grande do Sul - Conflito luso-espanhol no Prata - Alexandre de Gusmão e a renovação da política exterior de Portugal II ParteTrabalhos e negociações do Tratado - Alexandre de Gusmão e a Ilha Brasil - Os negociadores - Os objetivos portugueses e os espanhóis - As negociações até a apresentação do plano português III ParteO Tratado e a sua execução até a morte de Alexandre de Gusmão - O mapa das Cortes e o Tratado de Madri - O Tratado e a sua defesa - Os Tratados de execução - O drama final de Alexandre de Gusmão Ao final do Tomo II: Índice Onomástico Índice Ideográfico Índice das Gravuras Índice geral Nota dos Editores Ficha catalográfica
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