Flavio R. Cavalcanti - 19 Out. 2014
Memórias do desenvolvimento Lucas Lopes foi ator de relevo nas principais iniciativas do chamado “desenvolvimentismo” brasileiro do pós-guerra, — a seu ver, inspirado no New Deal de Roosevelt, — com crescente participação do Estado como indutor, ordenador e investidor em setores essenciais à autonomia econômica e à industrialização do país. Participou da Mobilização Econômica de Minas Gerais para o esforço de guerra, da elaboração do Plano Geral para o Aproveitamento do Vale do São Francisco, do Plano de Eletrificação de Minas Gerais, do “binômio” Energia e Transportes do governo de JK em Minas, da criação da Cemig, do planejamento de Furnas, da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, da elaboração e implementação do Plano de Metas de JK em âmbito nacional, do Conselho de Desenvolvimento, e da transformação do recém-criado BNDE em motor do projeto de industrialização do país.
O depoimento de Lucas Lopes foi tomado ao longo de 3 anos, por uma equipe do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mas não se trata de uma narrativa espontânea, fruto das escolhas e esquecimentos do entrevistado. A equipe pesquisou todos os temas a serem abordados e estabeleceu um roteiro deliberado, através da história do período, abrangendo tanto as atividades quanto os relacionamentos técnicos e políticos na trajetória de Lucas Lopes. Foram feitas 28 horas de gravação com o Lucas Lopes, em três etapas. Inicialmente (1987-1988), para o projeto “Memória do setor de energia elétrica”, com técnicos do setor, — Lucas Lopes incluído (Jan.-Mar. 1988), — além de antigos membros da assessoria econômica de Vargas e parlamentares atuantes na década de 1950 [Programa de história oral da eletricidade; catálogo de depoimentos. Centro da Memória da Eletricidade do Brasil, Rio de Janeiro, 1990]. Decidida a transformação do depoimento de Lucas Lopes em livro, novas entrevistas foram realizadas no final de 1989 e novamente em Ago. 1990, aprofundando outros aspectos de sua trajetória, até tornar-se ministro da Fazenda de JK e, após o enfarte, retirar-se para o setor privado.
Os últimos depoimentos foram dados quando a edição do livro já estava em andamento, e Lucas Lopes informou que tinha decidido falar sobre os momentos pessoalmente mais dolorosos, no Ministério da Fazenda (capítulo 7). A edição em livro colocou o depoimento em ordem cronológica, com notas de pé-de-página esclarecendo cada pessoa citada, cada livro, relatório e cada acontecimento. O Índice onomástico, ao final, facilita acompanhar cada tópico ao longo do tempo. Parece ter servido de “fio condutor” ao livro de seu filho Rodrigo Lopes: Sonho e razão: Lucas Lopes, o planejador de JK. «» ª … •’ — “”
ÍndiceIntrodução Cap. 1 – À sombra da Escola de Minas
Cap. 2 – Na ponta dos trilhos
Cap. 3 – O secretário de Estado
Cap. 4 – O engenheiro planejador
Cap. 5 – Energia para o Brasil
Cap. 6 – Metas para o desenvolvimento
Cap. 7 – O ministro Gudin
Cap. 8 – Longe do poder
Cap. 9 – Balanço e perspectivas
Cap. 10 – Ao lado de um grande homem
Índice onomástico |
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