Lago Paranoá: forma e origens
Bacia hidrográfica do Paranoá
Flavio R. Cavalcanti
A bacia do Paranoá tem o formato geral de uma cratera
achatada, circundada por uma chapada irregular, cuja única
abertura é a garganta do Paranoá.
Ao centro eleva-se a "calota" ou colina do Cruzeiro,
em cuja encosta leste-sudeste (E-SE) foi construída
a cidade.
As principais nascentes brotam a oeste. Os córregos
contornam a colina pelo norte e pelo sul, para formar o
Paranoá, a leste.
Lago
O represamento do Paranoá para formar um lago foi
proposto
em 1894-1895 por um membro da Comissão de Estudos
da Nova Capital da União — a segunda Missão
Cruls.
A decisão efetiva de criar o lago visou a geração
de eletricidade, paisagismo e recreação. Parece
não haver indicação de que se pretendesse
amenizar a baixa umidade do ar.
Essa decisão foi anterior ao concurso
do plano
piloto de Brasília, e constou das plantas
à disposição dos concorrentes — juntamente
com o Palácio da Alvorada, o Hotel de Turismo (Brasília
Palace Hotel) e o Aeroporto. Essas obras não esperaram
o resultado do júri.
O lago começou a se formar em setembro
de 1959, com o fechamento das comportas. A usina hidrelétrica
só foi concluída nos anos 60.
Nascentes
As nascentes do Torto e do Bananal (noroeste), estão preservadas
pelo Parque Nacional de Brasília — onde se situa a captação
de água para o abastecimento da cidade, na represa de Santa
Maria.
A reserva do IBGE, a sudeste, preserva boa parte das cabeceiras
do Gama.
A área do Riacho Fundo / Vicente Pires é a mais
urbanizada — nela se incluem o Setor de Indústria e Abastecimento
(SIA), Núcleo
Bandeirante, Candangolândia, Guará,
Águas Claras,
Riacho Fundo, parte
do Setor de Mansões Park Way (SMPW)
e o núcleo urbano (ainda não oficializado) Vicente
Pires.
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